Muito se fala em fim do processo de criação no mundo das artes. A criação artística não chegou ao fim, muito pelo contrário, atingiu seu ápice ao ultrapassar os limites das molduras das telas e se esparramar em instalações, como na da artista plástica Juliana Morgado, “Mostruário de Arte ®”, que foi apresentada em Vitória (ES), no Espaço Cultural Sala Egydio Antônio Coser, em 2006, e que esbanja criação artística, numa brincadeira irônica com os “conceitos presentes no mercado de arte e no discurso publicitário”, nas palavras da própria artista.
Ao entrarmos na sala da instalação, deparamo-nos com vários textos feitos de letras recortadas em vinil e fixadas nas paredes. Um dos textos diz assim: “Adquira você também o metroquadradoartecontemporânea® (copyleft) Juliana & Morgado Inc.”, após o qual há um “display” com “folders” simulando uma propaganda de produtos fictícios, os quais também ficam expostos em outros três “displays” diferentes. São os produtos: parquetes de Cera Ingleza™ *, azulejos com rejunte feito de sangue, suor e cerveja e rodapé de naftalina**.
Assim, Juliana usa toda a sua criatividade para elaborar uma instalação que questiona a própria arte, rendida já há algum tempo ao meio publicitário (só que, com sarcasmo, ela inverte a equação, fazendo a arte apropriar-se do que dela se apropriou). A arte não chegou ao fim, apenas foi re-criada, reciclada. Para o artista pensante, sempre haverá o que produzir.
* Ingleza com “Z” mesmo! é a marca!
** Pedi para a Juliana me mandar a foto do mesmo, que acho legal ser visualizado. É um rodapé mesmo (uma amostra dele, claro), com um chanfro curvado para dentro na parte superior, só que feito de naftalina – pelo menos simuladamente, hehe. Tem que chegar o nariz perto pra ver se cheira a armário de vovó...
Ao entrarmos na sala da instalação, deparamo-nos com vários textos feitos de letras recortadas em vinil e fixadas nas paredes. Um dos textos diz assim: “Adquira você também o metroquadradoartecontemporânea® (copyleft) Juliana & Morgado Inc.”, após o qual há um “display” com “folders” simulando uma propaganda de produtos fictícios, os quais também ficam expostos em outros três “displays” diferentes. São os produtos: parquetes de Cera Ingleza™ *, azulejos com rejunte feito de sangue, suor e cerveja e rodapé de naftalina**.
Assim, Juliana usa toda a sua criatividade para elaborar uma instalação que questiona a própria arte, rendida já há algum tempo ao meio publicitário (só que, com sarcasmo, ela inverte a equação, fazendo a arte apropriar-se do que dela se apropriou). A arte não chegou ao fim, apenas foi re-criada, reciclada. Para o artista pensante, sempre haverá o que produzir.
* Ingleza com “Z” mesmo! é a marca!
** Pedi para a Juliana me mandar a foto do mesmo, que acho legal ser visualizado. É um rodapé mesmo (uma amostra dele, claro), com um chanfro curvado para dentro na parte superior, só que feito de naftalina – pelo menos simuladamente, hehe. Tem que chegar o nariz perto pra ver se cheira a armário de vovó...
http://www.fotolog.com/julianaemorgado (Tá linkado lá embaixo do meu blog tbm e quem entrar no fotolog da Juliana hj vai ganhar a ótima oportunidade de ler o texto de Ricardo Maurício, Doutor em linguagens visuais pela UFRJ, sobre a mesma obra da artista, Mostruário de Arte ®)
Importante: A Juliana me advertiu que os produtos NÃO são fictícios, ela os vende mesmo, e quem quiser comprar é só contatá-la.
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