quarta-feira, 13 de junho de 2007

Deus

Dê-me de volta aquela ingenuidade que faz acreditar
que tudo no mundo é fofo.
Que faz o mar de rosas ser tão possível quanto o mar morto.
Que faz acreditar na história do "Menino do dedo verde", que nas armas em que punha as mãos nasciam flores, tal qual o mito do rei Midas, em que tudo o que tocava virava ouro.
Que não somos manipulados idelogicamente 24 horas por dias, seduzidos pelas mais belas mercadorias expostas nas vitrines, enquanto do outro lado da cidade crianças, sujas e maltrapilhas, passam fome...

Emburreça-me, Deus, para que eu não saiba de certas coisas.
Dessensibilizi-me, para que eu pare de sofrer.

2 comentários:

J.M. de Castro disse...

Em busca da ingenuidade perdida...o ruim é que não sei se isso é possível. Só através de muito trabalho talvez, fazendo a alma ficar leve, simples e com muita alegria...como se faz isso com tanta lucidez das dores do mundo? Acho que vida sempre nos coloca num degrau a cima e nos rouba o chão anterior. Mas acho que pra descobrir se há retorno, temos que nos lançar na incerta, no abismo, na neblina da visão...

Maíra disse...

E euq ue nem o recurso da crença tenho, fico com a cachaça