Elétron, elétron, ínfimo elétron.
Mais ínfimo é meu coração.
sábado, 30 de junho de 2007
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Partia o pão de sal/ pão francês/ cacetinho pela metade/ a meio. Os anéis de prata com desenho de borboleta minuciosamente trabalhados por um ourives. Deglutiu o sanduíche rapidamente, após inserir na fenda aberta mussarela e presunto de peito de peru, engolindo sem mal mastigar, como um troglodita que temesse outro a disputá-lo a comida. Mãos tão delicadas e gestos tão grosseiros? Mal o bolo de comida atravessou o esôfago, regou tudo com coca-cola (sim, o refrigerante que patrocina a literatura sem pagá-la, como bem disse Clarice) e arrotou em seguida. Dedos tão femininos e modos tão grotescos...
Parte II
Fumou um cigarro em dois minutos, dando um trago atrás do outro, saiu correndo e bateu a porta do banheiro com violência, evacuou um líquido grosso cheirando a fossa aberta.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Janis Joplin no You Tube
Praticamente não vejo nada no You Tube, não gosto de vídeos, quem me conhece bem sabe que nunca fui chegada a uma "TVlisão", mas pra Janis a gente abre uma exce:
http://www.youtube.com/watch?v=4b-y4M_jo-M
(Dedico esse "post" à minha amiga Marina Melo Joplin)
Mandelstam II
Não posso tocar
(tradução de Augusto de Campos)
Não posso tocar, no escuro,
Teu vulto vago e sombrio.
"Senhor!", por erro, murmuro,
Alheio ao que balbucio.
De mim, tal uma ave enorme,
O nome de Deus se evola.
À frente, um abismo informe,
Atrás, vazia, a gaiola.
(tradução de Augusto de Campos)
Não posso tocar, no escuro,
Teu vulto vago e sombrio.
"Senhor!", por erro, murmuro,
Alheio ao que balbucio.
De mim, tal uma ave enorme,
O nome de Deus se evola.
À frente, um abismo informe,
Atrás, vazia, a gaiola.
Mandelstam
A Concha
(tradução de Augusto de Campos)
Talvez te seja inútil minha vida,
Noite; fora do golfo universal,
Como concha sem pérola, perdida,
Me arremessaste no teu areal.
Moves as ondas, como indiferente,
E cantas sem cessar tua melodia.
Mas hás de amar um dia, finalmente,
A mentira da concha sem valia.
Jazerás a seu lado pela areia
E pouco faltará para que escondas
Nessa casula onde ela se encadeia
À sonora campânula das ondas,
E as paredes da frágil concha, pouco
A pouco, se encherão do eco da espuma,
Tal como a casa de um coração oco,
Cheio de vento, de chuva e de bruma...
(tradução de Augusto de Campos)
Talvez te seja inútil minha vida,
Noite; fora do golfo universal,
Como concha sem pérola, perdida,
Me arremessaste no teu areal.
Moves as ondas, como indiferente,
E cantas sem cessar tua melodia.
Mas hás de amar um dia, finalmente,
A mentira da concha sem valia.
Jazerás a seu lado pela areia
E pouco faltará para que escondas
Nessa casula onde ela se encadeia
À sonora campânula das ondas,
E as paredes da frágil concha, pouco
A pouco, se encherão do eco da espuma,
Tal como a casa de um coração oco,
Cheio de vento, de chuva e de bruma...
domingo, 24 de junho de 2007
Amálgama
As borboletas derretiam, toda a sensualidade da natureza escorria, as asas pretas com manchas brancas formavam um caldo cinza...
Bem citado pelo Zé...
... em seu orkut:
(Caetano Veloso)
"Os livros são objetos transcendentes mas podemos amá-los do amor táctil que votamos aos maços de cigarros"
(Caetano Veloso)
Ai
Então quando eu gozo eu puxo a noite para dentro de mim como quem abaixa uma persiana...
(image from: http://www.fotolog.com/delightdelirium)
Pandora
sexta-feira, 22 de junho de 2007
"(...) um país que massacra e menospreza seus poetas sinaliza uma degenerescência grave no seu estágio civilizatório. Hoje não há decretos nem perseguições. Mas a luta dos poetas continua, em todo o mundo, e outras gerações estão sendo dissipadas, num contexto massificador e imbecilizante, onde os meios de comunicação tendem a nivelar tudo por baixo e a sufocar pelo descrédito ou pelo silêncio as tentativas de fugir ao vulgar e ao codificado."
Augusto de Campos, Poesia da Recusa
Outra campanha
Zé, não se iniba se só a Maíra aderir, afinal só você e ela têm comentado aqui. Pelo menos espero que você se comova com meu "post" e crie logo seu blog...
Fui desenhada
O coração negro de carvão.
A mente expansiva como uma gota de aquarela pingada no papel.
Eles me desenharam.
Eles.
Saí um belo fantoche.
(As pernas,
bidimensionais,
para não saírem andando por aí).
Anti-pinóquio.
A mente expansiva como uma gota de aquarela pingada no papel.
Eles me desenharam.
Eles.
Saí um belo fantoche.
(As pernas,
bidimensionais,
para não saírem andando por aí).
Anti-pinóquio.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Quando eu era criança, bem nova, era apaixonada por quindins. Depois, ainda criança, quando fiquei sabendo que eles eram feitos de gemas de ovos - e já tinha tomado nojo de ovo - parei de comê-los. Hoje ainda tenho um pouco de nojo de ovo, mas não dispenso mais este doce, voltei a ser apaixonada por ele, realmente eu tinha um paladar muito apurado, independentemente do conteúdo viscoso e fedorento por trás daquelas cascas tênues que fazem um barulho crocante quando quebradas.
Eu não disse?
Vejam quem confirmou minhas palavras! (Acho que o Ferreira Gullar anda lendo meu blog - quanta honra!)
Saiu na Folha de São Paulo, dia 10 de junho, 3 dias após um dos meus "posts" dizendo a mesma coisa com outras palavras, ilustrando com com a minha situação específica, que não é tão específica assim, afinal vivida por milhões de pessoas no mundo - não só por brasileiros:
"(...) procura-se fazer crer que a desigualdade é fruto de decisões pessoais. Ignora-se que, no sistema capitalista, quem não tem emprego também está incluído nele, como exército de reserva de mão-de-obra, com a função de pressionar o trabalhador e limitar-lhe as reivindicações."
[Ferreira Gullar - eu assino embaixo (ele só destrinchou mais o que eu quis deixar nas entrelinhas...)]
terça-feira, 19 de junho de 2007
reticências
o futuro não me vale de nada...
só tenho o presente...
(se é que o tenho.
nada me vale no presente)...
só tenho o presente...
(se é que o tenho.
nada me vale no presente)...
Espelho, espelho meu (ou: Desespelho)
De tanto fragmentar-me
perdi-me em estilhaços.
De quantos cacos serei feita?
De quantas plumas de quantos palhaços?
A luz escorre pela rua estreita
refletida por mil pedaços
iluminando a poeira compacta
com a qual eu mais me desfaço.
(foto de: http://www.fotolog.com/anusky84)
segunda-feira, 18 de junho de 2007
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Deus
Dê-me de volta aquela ingenuidade que faz acreditar
que tudo no mundo é fofo.
Que faz o mar de rosas ser tão possível quanto o mar morto.
Que faz acreditar na história do "Menino do dedo verde", que nas armas em que punha as mãos nasciam flores, tal qual o mito do rei Midas, em que tudo o que tocava virava ouro.
Que não somos manipulados idelogicamente 24 horas por dias, seduzidos pelas mais belas mercadorias expostas nas vitrines, enquanto do outro lado da cidade crianças, sujas e maltrapilhas, passam fome...
Emburreça-me, Deus, para que eu não saiba de certas coisas.
Dessensibilizi-me, para que eu pare de sofrer.
que tudo no mundo é fofo.
Que faz o mar de rosas ser tão possível quanto o mar morto.
Que faz acreditar na história do "Menino do dedo verde", que nas armas em que punha as mãos nasciam flores, tal qual o mito do rei Midas, em que tudo o que tocava virava ouro.
Que não somos manipulados idelogicamente 24 horas por dias, seduzidos pelas mais belas mercadorias expostas nas vitrines, enquanto do outro lado da cidade crianças, sujas e maltrapilhas, passam fome...
Emburreça-me, Deus, para que eu não saiba de certas coisas.
Dessensibilizi-me, para que eu pare de sofrer.
A Cantada
Sempre se sentia constrangida naquele momento. Em frente ao thrailer de hot dog, contorcia-se toda para que ninguém visse seu rosto lambuzado, maionese na orelha, no nariz. Um dia, o rapaz mais bonito da faculdade aproximava-se: ela se contorceu ainda mais. Ele chegou bem perto e disse:
– Sabia que você fica uma gracinha maquiada com maionese?
Não era deboche. Era sincero.
(Não que um deboche não possa ser sincero, entenda-se bem).
– Sabia que você fica uma gracinha maquiada com maionese?
Não era deboche. Era sincero.
(Não que um deboche não possa ser sincero, entenda-se bem).
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Meio termo
"Poucos eram ainda seus anos para ser capaz de entender que, quando o branco fica muito próximo do negro, até tocá-lo, forma-se entre as duas cores uma linha intermediária, uma linha de sombra, em que o branco não é mais branco e o negro não é mais negro. A cor dessa linha chama-se cinza. E, dentro dessa linha, em que as duas cores, casando-se, geram uma terceira, é difícil todas as coisas terem nitidamente vistos seus nome e figura."
(A Ópera Maldita, Andrea Camilleri)
domingo, 10 de junho de 2007
Fotologgers propõem desafio com tema específico
Um grupo de fotologgers se uniu (e tem até uma comunidade no orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=30054187) e fazem uma proposta de um desafio mensal: cada fotologger expõe no seu devido espaço, no dia marcado, uma obra com o tema sugerido para aquela data. A obra pode ser um desenho (digitalizado ou fotografado), escultura, a própria fotografia em si ou o que mais a criatividade permitir. O desafio também está aberto a amadores e "não-artistas", como dito na comunidade. O próximo tema, cujo desafio está marcado para o dia 23 de junho, é uma releitura de "O Grito", de Munch. Em julho o tema é um auto-retrato.
Blogueiros marginais
Ninguém nos lê.
Estamos nos becos da web.
E nem somos um gueto.
Dispersos pelo mundo,
um abismo profundo
se interpõe entre a maioria de nós.
Somos sós:
escrevemos para nós mesmos.
Nossas palavras não valem nada: lixo digital.
Blogueiros do mundo, uni-vos.
Estamos nos becos da web.
E nem somos um gueto.
Dispersos pelo mundo,
um abismo profundo
se interpõe entre a maioria de nós.
Somos sós:
escrevemos para nós mesmos.
Nossas palavras não valem nada: lixo digital.
Blogueiros do mundo, uni-vos.
sábado, 9 de junho de 2007
Aspirando...
Prum cara filé desse eu também faço "faxina"! (E olha que odeio serviços domésticos!)
(Foto retirada de http://www.fotolog.com/utopio/)
Propaganda gratuita (por enquanto...)
O queijo cheddar fatiado mais cremoso é o da Sadia. Rolinho dele com presunto cozido também da Sadia fica uma delícia! hummmmmmmm... Aviso ao gerente de publicidade da Sadia: se quiserem me contratar, estou disponível.
Rodapé de naftalina*
Ei-lo, como eu havia prometido.
*parte integrante da exposição Mostruário de Arte ®, da artista plástica Juliana Morgado, e produto a venda pela (copyleft) Juliana & Morgado Inc. para substituir partes da sua casa, assim como os parquetes de Cera Ingleza™ e azulejos com rejunte feito de sangue, suor e cerveja.
sexta-feira, 8 de junho de 2007
Mais reflexão que estética
Muito se fala em fim do processo de criação no mundo das artes. A criação artística não chegou ao fim, muito pelo contrário, atingiu seu ápice ao ultrapassar os limites das molduras das telas e se esparramar em instalações, como na da artista plástica Juliana Morgado, “Mostruário de Arte ®”, que foi apresentada em Vitória (ES), no Espaço Cultural Sala Egydio Antônio Coser, em 2006, e que esbanja criação artística, numa brincadeira irônica com os “conceitos presentes no mercado de arte e no discurso publicitário”, nas palavras da própria artista.
Ao entrarmos na sala da instalação, deparamo-nos com vários textos feitos de letras recortadas em vinil e fixadas nas paredes. Um dos textos diz assim: “Adquira você também o metroquadradoartecontemporânea® (copyleft) Juliana & Morgado Inc.”, após o qual há um “display” com “folders” simulando uma propaganda de produtos fictícios, os quais também ficam expostos em outros três “displays” diferentes. São os produtos: parquetes de Cera Ingleza™ *, azulejos com rejunte feito de sangue, suor e cerveja e rodapé de naftalina**.
Assim, Juliana usa toda a sua criatividade para elaborar uma instalação que questiona a própria arte, rendida já há algum tempo ao meio publicitário (só que, com sarcasmo, ela inverte a equação, fazendo a arte apropriar-se do que dela se apropriou). A arte não chegou ao fim, apenas foi re-criada, reciclada. Para o artista pensante, sempre haverá o que produzir.
* Ingleza com “Z” mesmo! é a marca!
** Pedi para a Juliana me mandar a foto do mesmo, que acho legal ser visualizado. É um rodapé mesmo (uma amostra dele, claro), com um chanfro curvado para dentro na parte superior, só que feito de naftalina – pelo menos simuladamente, hehe. Tem que chegar o nariz perto pra ver se cheira a armário de vovó...
Ao entrarmos na sala da instalação, deparamo-nos com vários textos feitos de letras recortadas em vinil e fixadas nas paredes. Um dos textos diz assim: “Adquira você também o metroquadradoartecontemporânea® (copyleft) Juliana & Morgado Inc.”, após o qual há um “display” com “folders” simulando uma propaganda de produtos fictícios, os quais também ficam expostos em outros três “displays” diferentes. São os produtos: parquetes de Cera Ingleza™ *, azulejos com rejunte feito de sangue, suor e cerveja e rodapé de naftalina**.
Assim, Juliana usa toda a sua criatividade para elaborar uma instalação que questiona a própria arte, rendida já há algum tempo ao meio publicitário (só que, com sarcasmo, ela inverte a equação, fazendo a arte apropriar-se do que dela se apropriou). A arte não chegou ao fim, apenas foi re-criada, reciclada. Para o artista pensante, sempre haverá o que produzir.
* Ingleza com “Z” mesmo! é a marca!
** Pedi para a Juliana me mandar a foto do mesmo, que acho legal ser visualizado. É um rodapé mesmo (uma amostra dele, claro), com um chanfro curvado para dentro na parte superior, só que feito de naftalina – pelo menos simuladamente, hehe. Tem que chegar o nariz perto pra ver se cheira a armário de vovó...
http://www.fotolog.com/julianaemorgado (Tá linkado lá embaixo do meu blog tbm e quem entrar no fotolog da Juliana hj vai ganhar a ótima oportunidade de ler o texto de Ricardo Maurício, Doutor em linguagens visuais pela UFRJ, sobre a mesma obra da artista, Mostruário de Arte ®)
Importante: A Juliana me advertiu que os produtos NÃO são fictícios, ela os vende mesmo, e quem quiser comprar é só contatá-la.
quinta-feira, 7 de junho de 2007
Para continuar com balões...
Texto em cima de arte de http://www.fotolog.com/kerlimwunderland/:
Perdi no pique-pega...
A realidade tornou-se impalpável, o sonho foi sorvido por nuvens densas, o passado flutua longe e acima de mim; por mais que eu estique minhas mãos, você é inatingível, visível, mas inatingível...
Luna
E ela era apenas um satélite, mas encantava os humanos, inspirando poetas e apaixonados (e poetas apaixonados); virando, direta ou indiretamente, nomes de pessoas; sendo alvo de admiração por parte dos que sabem contemplar; além de influenciar marés, cortes de cabelo, plantações (e outras coisas mais, segundo as "bruxas"), desencadear mitos (Tupã, lobisomem) e, mesmo quando pisaram nela, não perdeu a aura majestosa.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Escher
Esse é um dos desenhos de Escher que eu mais gosto (tem outros temas, como as aves, que ele repete muito!). Essa brincadeira da passagem do bi pro tridimensional e vice-versa (circularidade)... o bi se inflando e descolando e se desencaixando pra virar tri e o tri se achatando submissamente para virar uma placa sem profundidade novamente, além da metalinguagem, que me fascina e na época dele não era tão vulgar, como nos dias de hoje... o cara é (porque os artistas nunca morrem) um gênio! Sem falar na cara de mau dos répteis, com aqueles dentinhos afiados, tem um até exalando uma fumacinha pelo nariz, de tão nervoso... aqui num dá pra ver direito, tá pequeno. Visitem: http://www.andriaroberto.com/escher_016.jpg Eu tinha um cartãozinho com essa imagem, meu irmão me deu, ele tinha vários do Escher e pediu pra que eu escolhesse um... mas sumiu. Deve ter sido abduzido no meio da minha bagunça (se meu irmão ler isso ele me mata!)
Para quem se interessar em visualizar a imagem de maneira melhor, salve a foto do link e abra pelo visualizador de imagens e fax do windows.
Para o Papa Bento XVI:
Do fotolog: http://www.fotolog.com/juliowss/17467683 (Todos os direitos RESPEITADOS - inclusive o de fazer sexo sem ser casado!)
Lula e FHC
Estou lendo um livro (A Ópera Maldita), de um autor italiano (Andrea Camilleri), que não tem nada a ver (a não ser por analogia, já que fala da corrupção na Sicília) com o governo braileiro, mas uma frase em particular (por quê será?) me lembrou FHC e Lula:
"Duas merdas, mesmo que cagadas por cus diferentes, têm sempre o mesmo cheiro e mais cedo ou mais tarde acabam se entendendo."
"Duas merdas, mesmo que cagadas por cus diferentes, têm sempre o mesmo cheiro e mais cedo ou mais tarde acabam se entendendo."
terça-feira, 5 de junho de 2007
Das besteiras que a gente faz (ou NÃO faz)...
Outro dia, navegando pela internet, sem rumo, saboreando à deriva as ondas da web, ia eu visitando vários fotologs, a maioria expondo trabalhos artísticos. Salvei vários deles, os que mais me agradaram, é claro, mas acho que chegou uma hora que eu já estava saturada e doida pra sair do PC e acabei nem salvando algumas coisas muito boas. Hoje fui procurar um dos que tinham me interessado muito ["espantei-me" diante das obras, como diria Heidegger, com uns desenhos muito bonitos, de traços leves, parecendo esboços, mas acabados (e bem acabados, diga-se de passagem)] e não achei. Provavelmente não o salvei. Que arrependimento! No dia em que salvei tais fotologs linkei o ARKADI200 aqui, na minha lista de links (ainda tá lá embaixo, pra quem quiser conferir). Hoje, enquanto procurava os desenhos, suspeitei que os mesmos fossem dele e que ele tivesse apagado alguns, que ficaram na minha memória, de seu registro. Mas não, acho que não, acho que era de outra pessoa mesmo, e não salvei. Como disse, os traços que me agradaram eram leves, e os do ARKADI200 são fortes. Mas eles têm algumas semelhanças, e a pessoa não é obrigada a seguir sempre o mesmo estilo... Será que, se não foi o ARKADI200 que apagou, eu que não salvei justamente pra ficar uma aura de velamento entre o apreciador da obra (no caso, eu) e a obra? Pra ficar algo idealizado, romântico, platônico? Que absurdo! Tenho que arranjar uma boa recompensa pra quem achar esse fotolog pra mim! Ele valia mesmo a pena! E eu sou uma burra de não tê-lo salvo...
(Hoje, vagando de novo por aí e procurando o tal fotolog, achei outros interessantes e linkei aqui o utopio, tem muitos outros bons mas não quero superpolacionar meu blog de links de fotologs, apesar de existirem muitos que realmente valem a pena!)
Que raiva por não poder ver o belo novamente e me "espantar" diante dele!
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Projeção fálica
... e eu era toda uma faixa de terra coberta por grama fofa e do meu sexo brotava uma árvore frondosa com copa ampla e verdejante. O tronco da planta latejava de um prazer ameno, livre e viril, energia panteísta.
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